segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Morre Rodolfo Bottino

ator na foto
Morreu por volta das 9h30 deste domingo, 11/12, em Salvador, o ator e chef de cozinha Rodolfo Bottino, aos 52 anos. Portador do vírus da Aids, morreu , vítima de embolia pulmonar. A informação foi confirmada pelo irmão de Rodolfo, Cláudio Bottino.
O ator estava internado no Hospital da Bahia desde quinta-feira, 08/12, para realização de uma cirurgia no fêmur.
Em entrevista concedida ao jornal “O Globo”, em maio de 2009, ele afirma ter descoberto ser soropositivo no início dos anos 90, embora não saiba como nem quando contraiu o vírus HIV. O ator já enfrentou um câncer de pulmão em 2006, foi operado e, seis meses após a cirurgia e a quimioterapia, emagreceu 27 de seus 68 quilos, sendo internado para tratar a anorexia. Ao ouvir os médicos conversarem sobre a gravidade de seu estado de saúde, decidiu reagir e começou a tomar sopa e a comer chocolate e sorvete. Em pouco tempo, recobrou o peso. “Ninguém falou que viver é fácil. Todo dia pode ter uma porrada. Mas também pode ter uma realização. Nenhum HIV, câncer, hepatite ou diabetes impede essa realização diária. O que impede é a cuca”, disse Bottino ao jornal.
Rodolfo Bottino participou de diversas novelas na década de 80, na TV Globo. Sua estreia na televisão aconteceu em "Livre para voar" (1984), interpretando o personagem Jajá. Também participou da primeira versão de "Ti-ti-ti" (1985), "Anos Dourados" (1986), "Roda de Fogo" (1986), "Bebê a Borbo" (1988) e "Sexo dos Anjos" (1989).
Quando se afastou das novelas, o ator passou a se dedicar à gastronomia e chegou a apresentar programas sobre culinária. Um dos trabalhos mais recentes de Rodolfo como ator é o filme "O Homem do Futuro", lançado neste ano, no qual fez uma breve participação especial.
Os palcos surgiram na vida de Rodolfo em 1979, quando ele ainda estava na faculdade. Por influência do pai, tinha ido estudar engenharia na UFF e, nas horas vagas, vivia enfiado no DCE. Ali, descobriu o teatro universitário e, em pouco tempo, encenava seu primeiro espetáculo, "Cordão umbilical", de Mário Prata. Depois, vieram "Menino maluquinho" e vários outros. Em 1984, descoberto num curso de interpretação, Rodolfo fez sua primeira novela na Globo, "Livre para voar".
Além das artes cênicas, sua paixão também era a culinária. Aos cinco anos, aprendeu a cozinhar e tornou-se chef de cozinha, tendo feito um curso no Le Cordon Bleu, na França. Em 1986, enquanto brilhava em novelas e minisséries como "Anos dourados", abriu o restaurante Madrugada, endereço que fez sucesso por oito anos, em Botafogo. Em 2000, levou sua cozinha para os palcos na peça “Risotto”, que circulou pelo Brasil.
Seu último trabalho foi o espetáculo “Homens, santos e desertores”, que estreou em julho deste ano no Rio, com texto do dramaturgo Mario Bortolotto e direção de Ernesto Piccolo.

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